O jornal “Tribuna de Itaquá” é parte da história de Itaquaquecetuba, da qual colaborou registrando fatos, opiniões e personagens. Foi fundado pelo jornalista, advogado, vereador e professor Emelson Martins Pereira. Lhe enviei uma pergunta sobre o arquivo do jornal e recebi um depoimento, que reproduzo abaixo. Ilustro a postagem com uma parte da primeira página da edição nº 424, ano XI, de 26 de abril de 1986 (redação, administração e oficinas - Avenida Italo Adami, 45), que registra a depredação de um ônibus coletivo da Viação Itaquaquecetuba, no Jardim Caiuby.
“Meu amigo Claudio Sousa: Meus cumprimentos e parabéns por ter criado a página Histórias de Itaquaquecetuba. Você, com sua cultura extraordinária sempre foi um exemplo de dedicação ao desenvolvimento da cidade. Quanto aos jornais, só tenho um exemplar de 1995 do Diário de Itaquá. Tenho todos os exemplares de 2009 a 2013, quando retornei com o jornal, porém em edições mensais. Infelizmente não deu para recuperar os jornais da Tribuna de Itaquá e o Diário de Itaquá, do período de 1974 a 2000, porque, quando vendemos o prédio e os maquinários gráficos, tivemos que transportar tudo para um galpão no Jardim Adriane. Estávamos para digitalizar todos os jornais. Porém, um temporal destruiu o telhado do galpão e só ficamos sabendo alguns dias depois e lá se foi, destruído pelas águas, nosso arquivo imenso, de 27 anos jornais.
Acabei de escrever um livro que está prestes a ser publicado em que registro algumas lembranças e artigos dos jornais sobre o período de 1974 a 2000, nas administrações dos prefeitos Pedro da Cunha (72 a76), Gibi (77 a 82), Gumercindo (83 a 88), Toninho da Pamonha (89 a 90), Valdir da Siva (90 a 92), Bill (93 a 96) e Toninho da Pamonha (97 a 2000). A cidade tinha 30 mil moradores quando o jornal foi criado e menos de 15 mil eleitores. Ainda não existia o Parque Marengo, o Recanto Mônica, tampouco a Vila Celeste, a Terra Prometida, ou seja a cidade contava com menos de 20 bairros e vilas. Hoje contamos com mais de 200 bairros e vilas.
Escrevo também sobre a evolução de
jornal, que foi adquirindo aos poucos sua impressora semiautomática, suas
linotipos, máquina de fotolito, sua impressora rotoplana e enfim, nos anos 92 e
93 a sua impressora off-set, sua maquina de gravação de chapas para impressão
off-set e dezenas de computadores, entrando assim na era da informatização. No
período de 1974 a 2000 abordo as obras dos prefeitos nas áreas de
industrialização, educação (criação de escolas de 1º e 2º graus, de escolas
infantis, creches), saúde (postos de saúde), urbanização central da cidade,
asfaltamento de ruas nos bairros, criação de entidades de bairros, transportes
públicos, asfaltamento de estradas, etc. etc. Não sei se há alguns exemplares
da Tribuna e do Diário de Itaquá na Biblioteca da cidade. Você poderia
pesquisar.
Pode ser que exista algum jornal da Tribuna em arquivo digitalizado da Prefeitura de Itaquá, porque publicávamos todos os atos oficiais do município, entre 1977 a 1994. Estou tentando pesquisar também junto ao ARQUIVO DO ESTADO sobre alguma coisa da Tribuna e do Diário de Itaquá, pois enviávamos regularmente todos os exemplares publicados para lá, para a Assembleia Legislativa e ao Palácio Bandeirantes. Acompanhei muito de perto, pessoalmente, o crescimento da cidade, pois lecionei na Escola Italo Adami, no período de 1971 a 1988 e na E.E. Fernando Milano, entre 1988 a 1992. Fui advogado na cidade entre 1988 a 2000 e vereador no mandato de 1989 a 1992 e, finalmente Assessor de Imprensa da Prefeitura, entre 1993 a 1995. Trabalhei como Coordenador de Educação na Fundação Casa, em Itaquá, entre 2003 a 2007.
Sucesso!
Felicidades!"