Uma
história que aparentemente tratava-se de mais um “causo” que o povo conta, que
muitos consideravam apenas do folclore de Itaquaquecetuba, recentemente voltou
a ser discutida. Acompanho o perfil de várias pessoas que de algum modo tem uma
grande ligação afetiva com Itaquaquecetuba.
O fato
é que um Jacaré de papo amarelo entrou numa casa, na Avenida da Emancipação
(atual número 292). Rosely Peixoto, uma das testemunhas relatou: “Eu me lembro perfeitamente, eu estava no
fundo do quintal, quando a Tia Juvina começou a gritar para que saíssemos do
fundo pois lá tinha um jacaré, aí vimos que era de verdade, era um jacaré do
papo amarelo, comum nas redondezas dos rios!!!Foi um fato histórico! Para quem
não sabe o fato ocorreu onde hoje é a loja Caedu!! Meu primo foi um herói!!!”
O
primo era o Bendito Barbosa, apelidado Pitico; também chamado de Crocodilo
Dundee por Carlos Amador, numa referência ao australiano caçador de crocodilo, do
filme de 1986.
Pitico, o jacaré e Fátima. Acervo Ju Alvieri. |
Nene Mariano da vila Maria
Augusta aumenta, mas não inventa: “eu
lembro muito bem disso, quase todo mundo de Itaquá comeu carne de Jacaré, ainda
bem que ele não virou bolsa”.
A história chegou até Mogi das
Cruzes, conta Irene Faggioni: “na época eu fazia faculdade na Braz Cubas, imaginem
a gozação porque eu morava aqui”.
Nosso consultor para assuntos
esportivos, Nelson José Nunes foi outro que presenciou o acontecimento: “Eu e a molecada da escola presenciamos o
Pitico limpando esse "monstro" que andava assustando os ribeirinhos
da Tipóia por alguns dias. Acho que foi por volta de 1974 ou 1975.”
Até o Mario Moreno foi
desacreditado: “Essa foto vai provar para
os meus amigos de trabalho da Fontoura que não acreditaram na minha história do
Jacaré.”
Agradecemos a Ju Alvieri pela
publicação da fotografia do Pitico com o couro do jacaré, tendo ao fundo Fátima
Barbosa.
Cláudio Sousa
P.S.
Depois de publicar, recebemos um testemunho de Washington Santos, que merece ser incluído: "Eu
afirmo a veracidade do fato, creio que foi em 1975, fui à casa do
Pitico, onde encontrei a D. Raquel e para o minha curiosidade vi o
jacaré com a barriga pra cima, e o Felix Mariano segurando o pescoço
dele com seu pé sobre a barriga do bicho. Outro
detalhe: eu morava na [rua] MMDC, e no final da rua (sem saída) tinha o
córrego Tipóia, onde eu sempre estava brincando, soltando pipa, e por
sorte, poderia aparecer este jacaré e eu seria uma presa fácil, um belo
de um almoço. Autenticidade confirmada!"
Nenhum comentário:
Postar um comentário