Ônibus na década de 1980

Viação Quatro Irmãos, anos 80

   

   A expansão do transporte coletivo para os bairros de Itaquaquecetuba ocorreu na década de 1980. Os ônibus eram chamados de "pueirinha", devida a poeira deixada por eles ao transitar nos bairros, pelas ruas sem asfalto. Outra característica marcante era a demora, que chegava a 4 (quatro!) horas entre um ônibus e outro.

    A fotografia é de um ônibus da Viação Quatro Irmãos.Esta empresa operou o transporte coletivo de Itaquaquecetuba depois da saída da Danúbio Azul, sendo substituída pela Viação Itaquaquecetuba. A foto encontrada por Ramon Oliveira, deve ser de 1984 ou 1985.

   As linhas de ônibus serviam aos bairros do Louzada, Caiuby, Hospital, Pium, Marengo e Corredor.

Transporte Coletivo nas décadas de 1930 e 1940

Sobre a história dos transportes de Itaquaquecetuba, há poucos registros publicados. Devem existir registros em arquivos públicos, em coleções particulares e na posse de familiares das pessoas que se empenharam nos meios de transporte. 

Livro: "Arujá - História e Memória"

As duas fotografias, a primeira de 1938 e a segunda de 1943, mostram a jardineira ou  o ônibus que servia ao transporte de passageiros entre as cidades de Santa Isabel e São Paulo.  No "Relato sobre Itaquaquecetuba" Hyppolito Carlos Vagnotti conta que quando se estabeleceu na cidade em 1941, o ônibus vindo de Santa Isabel, via Arujá, passava por Itaquaquecetuba às oito horas da manhã, seguia pela estrada de Santa Isabel contornando o centro, seguia pela estrada São Paulo – Rio atravessando o Itaim Paulista, São Miguel e Penha com  destino o Largo da Concórdia, no Bairro do Brás.  Partia às quatro horas da tarde, passando por Itaquaquecetuba entre cinco e meia, e seis horas da tarde. 

Livro: "Subúrbios Orientais de São Paulo"

O ônibus citadopor Vagnotti nas suas lembranças de 1941 é uma jardineira, um caminhão adaptado para o transporte de pessoas e suas mercadorias, secos e molhados, vivos e mortos, além de bagagens. Alguns transportavam até a correspondência. Pertencia a Miguel Turco e Benjamin Antonio Pinheiro, conhecido por "Beijo Borges" (pai da esposa de um amigo), morador de Santa Isabel. A foto é de 1938 e foi publicada no livro "Arujá - História e Memória", de Afrânio Barreto, em 2011. A Jardineira do "Beijo Borges" aparece numa foto do geógrafo Aroldo de Azevedo, no livro "Subúrbios Orientais de São Paulo", publicado em 1945. A foto é de 1943 e foi tirada na Estrada de Santa Isabel, na Vila Japão.