terça-feira, 10 de junho de 2014

Sinhá Moça



  A ponte sobre o rio Tietê, em Itaquaquecetuba, foi a locação escolhida pelos produtores do filme Sinhá Moça, lançado pela companhia Vera Cruz em 1953, com direção de Tom Payne e distribuído pela Columbia Pictures.

  Um grupo de homens e mulheres escravizados empreende fuga de uma fazenda, no caminho ao chegar a ponte se deparam com uma unidade de cavalaria do exército, cuja ordem é impedir que os fugitivos atravessassem a ponte.

  No fim da travessia do rio vemos a atriz Ruth de Souza com uma criança nos braços. A cena dura dois minutos. Vemos a ponte de madeira e os pedaços de madeira de outra ponte que existiu naquele trecho do rio.

  A primeira vez que ouvi falar sobre o filme foi através do senhor Carlos Barbosa, que lembrava que o pessoal de Itaquá ia até a Ladeira para assistir as filmagens.

  O roteiro do filme foi adaptado do romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, publicado em 1950. A história se passa por volta de 1850, retrata a história de amor da rica Sinhá Moça (Eliane Lage) - filha de escravocrata - com o advogado abolicionista Rodolfo Fontes (Anselmo Duarte).

  Em uma adaptação do romance para a televisão, em 2006, a Rede Globo foi questionada num inquérito civil pelo Ministério Público do Bahia, sob o argumento de que a novela retratava os negros como pessoas passivas, dependentes de heróis brancos, omitindo o passado de lutas do povo negro.

  O discurso cinematográfico carrega o discurso e os valores de sua época.



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